quarta-feira, 14 de maio de 2014

CONVITE!

Qual o papel do Movimento Estudantil na construção da Reforma Política?
No próximo domingo, 18 de maio, estudantes da UPE, FACAPE, UNIVASF, UNEB, Aplicação e CPM estarão realizando a primeira formação de formadoras e formadores para a campanha do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político do Campus Universitário de Petrolina.
Com o objetivo de discutir a reforma do Sistema Político e multiplicar a Campanha do Plebiscito Popular entre os estudantes, um novo comitê será lançado para que as atividades de formação continuem até a semana da pátria.
A programação acontecerá na UPE Campus Petrolina, no pavilhão de História do prédio antigo a partir das 9 horas e contará com uma mesa sobre o que é o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, GDs sobre as pautas estudantis da região e suas implicações na construção do Sistema Político e debate sobre as minorias oprimidas e suas histórias de luta.
Quem tiver interesse de somar forças à essa construção pode procurar os representantes do DCE da Facape, CAHIS da UPE e o Mosaico Popular, ou enviar email para mosaicopopular@gmail.com. 
Precisamos de confirmação prévia para garantir alimentação para todas as formadoras e todos formadores. Vagas limitadas!


sábado, 10 de maio de 2014

O índio e o seu lugar.

Hoje o Mosaico Popular em sua atividade na Escola Jesuíno Antônio D’Ávila discutiu sobre as violências contra os indígenas. Foi exibido o curta “ZAHY - uma fábula sobre o Maracanã” que fala sobre aldeia criada ao lado do Maracanã, no antigo Museu do Índio, no Rio de Janeiro, que está ameaçado de demolição. Os indígenas de mais de dez etnias lutam desde os anos 80 para que seja criado ali a primeira Universidade das Culturas indígenas do Brasil. No entanto, o Governo do Estado prevê a construção de Shopping para atender os turistas da copa.
Debatemos como desde o início da colonização os índios foram sendo retirados de suas terras e como até hoje isso acontece. Dentro do curta existe um poema que fala sobre as opressões que os indígenas sofreram e ainda sofrem. O poema se encerra da seguinte forma: “Mas vou continuar, continuarA engolir teu coração, os pés e o vosso nome.”
Depois do debate foi produzido um cordel pelas Alunas presentes. 
Abaixo disponibilizamos o curta e o cordel.





O índio e o seu lugar

Eu não sei rimar
Mas vou contar
A história que aqui vai desenrolar
O índio não vai ter onde morar
Vão ser expulsos do seu lar

Os portugueses vão chegar
Querendo tudo dominar
Trazendo doenças, destruindo um povo
Dizendo que queriam civilizar

A história não para por aí
Agora tão querendo construir
Um grande prédio no seu lar
Para os turistas da copa visitar

Pois aqui então, fica uma opinião
Não tire os índios do seu lugar não
Vamos parar de engolir essa nação

Nathielly Reis, Rayane Rodrigues, Rayla Rodrigues 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Você pode fazer justiça com as próprias mãos!

Você pode sim fazer justiça com as próprias mãos. 
Aliás, vocês sabiam que o poder emana do povo?!
Pois é. Diariamente a sociedade que vocês vivem precisa de vocês, de cidadãos protagonistas de sua construção. 
Precisa que vocês atuem fiscalizando as ações dos políticos, o funcionamento das instituições públicas, o atendimento dos servidores públicos. 
Vocês podem evitar jogar lixo na rua, pode lutar por acessibilidade no local que trabalha e mora, pode conversar com os amigos - em um encontro de bar mesmo - sobre a naturalização das opressões. 
Pode lutar pela efetivação do funcionamento de delegacias da Mulher 24 horas por dia, pode ensinar seus filhos, sobrinhos, afilhados que a cor da pele precisa ser respeitada e não é característica que permite inferiorizar alguém, pode ensinar que homossexuais merecem ser respeitados e que suas escolhas não o fazem inferiores. 
Precisa espalhar a ideia de que ser trans, bi, travesti não muda o tratamento que devem receber onde quer que estejam. 
Que a prostituição é uma violência contra mulher. 
Que igualdade de gênero não é o ideal, apenas na perspectiva de equidade. 
Vocês podem espalhar por aí que o direito ao acesso à saúde e educação de qualidade é para todos.

- Eu não tenho como fazer tudo isso, é muito difícil!

Difícil?
Difícil é ver Amarildos, Claúdias, Josés, Fabianas, Alailtons, Marcelos serem assassinados!
Desnaturalizar as opressões é a tarefa mais difícil dessa geração contemporânea que carrega crises existenciais sobre diversos aspectos do que é viver e dividir espaços com outros sujeitos. 
Os próprios "avanços" que ela conquista oprimem, segregam seres humanos todos os dias. Todos os dias morremos por causa da fome, do ódio, da falta de educação, da falta de segurança. 
Morremos porque somos mulheres, porque abortamos, porque somos negros, porque andamos sem camisa, porque somos homossexuais, porque somos travestis, transsexuais, trabalhadores.
Morremos porque fazemos "justiça" com as próprias mãos sem mudar nossas realidades.
Espancar alguém até a morte, para mim, não é fazer justiça!
Fazer justiça, para mim, é lutar  d i a r i a m e n t e para que a realidade mude, para quê as maiorias sejam respeitadas, para que o direito de ir e vir exista. 
Não achem que para desnaturalizar as opressões precisamos de muitas armas e instrumentos pesados.
Precisamos de coisas essenciais que vivem na gente: respeito, empatia, vontade de viver em um mundo menos opressor. 
Não, não vou falar amor ao próximo porque ninguém é obrigada a amar ninguém, mas respeitar é um direito seu que não deve ser negado a ninguém. 
Faça justiça com as próprias mãos agora, mas não sendo participantes e cúmplices de assassinatos! 
Multiplique vida, multiplique respeito!

"CONTINUAREMOS EM LUTA ATÉ QUE TODAS E TODOS SEJAMOS LIVRES!"

Jonalva Paranã