sexta-feira, 7 de março de 2014

8 de março, dia de LUTA das mulheres.

Mesmo com os grandes avanços relacionados a vida social, conquistados pelas mulheres, ainda vivemos em um sociedade que negligencia seu direito de ser. Historicamente conhecemos o quanto as mulheres foram exploradas de diferentes formas e em diferentes culturas. Foram reconhecidas como sexo frágil, dona do lar, responsável pela educação dos filhos, objetos de prazer sexual dos homens - sendo fetiche mesmo quando se relacionavam com outras mulheres. Não participavam da vida social, das decisões políticas, seus cargos profissionais - quando tinham - eram em espaços muito bem delimitados, em sua maioria, relacionados ao cuidado.

O dia 8 de março vai se aproximando e o que vemos é mais exploração da mulher  nas propagandas que alimentam o ciclo do sistema capitalista. Para o mundo neoliberal o 8 de março é mais uma data comemorativa, mais uma data para relembrar às mulheres quais são os seus papéis na sociedade, papéis que foram determinados pelo patriarcado. É por esses e outros tantos motivos que mulheres de todo o mundo lutam, diariamente, por seus direitos.

Não é somente a violência experimentada pelas mulheres daquela fábrica em 1857 que impulsionou os movimentos feministas a estarem nas ruas em luta pelo empoderamento e protagonização da mulher. Desde muito pequenas nós, mulheres, somos oprimidas através da educação patriarcal que nossas famílias reproduzem: nos ensinam a ter um comportamento de "mocinha", nos dão as tarefas do lar para executar desde muito novas, nos motivam a querer profissões relacionadas ao cuidado e relacionadas ao feminino patriarcal.

Crescemos em ambientes que nos reprimem por sermos mulheres fazendo classificações sexistas para todas as atividades que executamos. Na escola somos separadas dos meninos, em casa não dormimos com nossos irmãos. Nossos brinquedos tem a cor rosa, a funcionalidade de reproduzir nossos afazeres do núcleo familiar e não podemos praticar esportes "de homem".

Na adolescência temos nossa sexualidade negligenciada por uma sociedade patriarcal, capitalista, racista e lesbofóbica. Iniciamos a vida afetiva-sexual com meninos que foram ensinados a apoderar-se dos nossos corpos e se sentem no direito de nos classificar entre mulheres que são para "curtir" e mulheres que são para "casar". Quando nossas identidades sexuais são identificadas como homossexual somos oprimidas hora sendo excluídas, marginalizadas, hora sendo fetiche masculino.

Sem contar na violência doméstica que mata TODOS  os dias. Violência que é naturalizada, uma vez que essa sociedade foi ensinada a acreditar que mulheres são posses masculinas. Inclusive aquela mulher que "anda de bobeira na rua, com saia curta e decote".

É acreditando que há necessidade de garantir a igualdade de direito entre todas as mulheres que o Mosaico Popular, em suas atividades, levantará discussões sobre a violência praticada pelo machismo patriarcal e sexista que discrimina as mulheres dos homens e viola os direitos que as mulheres possuem de atuar na sociedade que compõe, em diferentes esferas da construção social.

Nós mulheres temos o direito de ser o que escolhemos e não podemos aceitar que esse sistema continue ditando as regras de nossas existências.
Amanhã, 8 de março, é mais um dia de luta feminista!
E nós continuaremos em Luta até que TODAS sejamos LIVRES!

Jonalva Paranã

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