Multiplicação! Pensar a reforma constituinte é
falar de um povo que a há muito tempo tem os seus direitos negligenciados pelo
poder público. As manifestações que foram às ruas do país em 2013 foram
demonstrações de insatisfação dos cidadãos com a falta de organização da
sociedade brasileira. Organização essa que vem sendo pautada por inúmeros
movimentos sociais de esquerda.
Movimentos que pautam o projeto popular como
alternativa para avanços na organização social.
Há anos muitas construções têm caminhado e para elas
muitos espaços de formação têm sido promovidos com a finalidade de empoderar os
militantes da cidade e do campo sobre seus direitos. A juventude tem sido
sempre convocada para participar desses momentos de troca de conhecimento para
agregar as lutas.
O que pudemos aprender nos
espaços de formação que compartilhamos com os companheiros dos movimentos
sociais de esquerda é que precisamos lutar por igualdade, a igualdade
equivalente à equidade - para ressaltar, aquela que garante que todos os
cidadãos tenham as mesmas oportunidades e que suas condições individuais sejam
respeitadas.
Precisamos de reforma agrária, de menos agrotóxicos,
de mulheres no poder. Precisamos lutar para que as violências racial e sexual
acabem. Precisamos lutar por uma educação de mais qualidade, lutar para que as
universidades cumpram seus papéis sociais.
É! Precisamos lutar!
É! Precisamos lutar!
E sabemos que os obstáculos
para pautar nossas lutas são e serão inúmeros.
Não caímos de paraquedas no
lançamento do Plebiscito. Há muito tempo deixamos de nos aventurar nas nossas
bolhas e passamos a ter empatia pelo povo. Pelo povo oprimido, pelo povo
excluído. Pelo povo que sustenta nossa sociedade, pelo povo que dá vida à
dinâmica do sistema capitalista, que financia nossa formação superior almejando
estar ocupando nossos lugares. Pelo povo que morre de câncer sem nem imaginar
que aqueles produtos que usam na agricultura são tão prejudiciais às suas
vidas.
Sabemos da importância que uma reforma política tem
para a vida das pessoas, inclusive daquelas que não tem a mesma oportunidade
que a gente tem, uma elite intelectual que tem hoje a possibilidade de pensar o
que queremos que Brasília semeie.
Sabemos que uma reforma política não mudará
imediatamente a vida dos oprimidos e nem garantirá que os opressores reconheçam
o lugar que ocupam, pois, foi nesses espaços de formação que compreendemos a
importância do trabalho de base. E é esta importância, é essa necessidade que
nos faz construir o Mosaico Popular.
Julgam-nos muito dizendo que queremos implantar a ditadura
do socialismo e não contextualizamos o medo que eles têm de dividir os bens e
os luxos. Não compreendemos que precisamos ocupar as escolas, as associações de
bairros, as ONGs, os campos, as periferias. Compramos um discurso de que
"precisamos pintar a universidade de povo" sem mesmo saber direito se
essa é a única possibilidade que o povo pauta. Vangloriamos a luta dos garis do
Rio de Janeiro e esquecemos que eles não se organizaram dentro das
universidades públicas.
Apoiamos grandes manifestações que as maiorias –
chamadas erroneamente de minorias - promovem depois da luta articulada e se que
paramos para fazer trabalho de base com nós mesmo, não temos tido tempo para
entender o que é identidade, o que é direito, o que é lei, o que é ser um
humano neste país.
Companheiros, algumas sementes foram plantadas
dentro de nós. E quando pensamos nessas sementes poderíamos citar grandes
companheiros que marcaram a História do mundo, mas hoje falaremos do que temos
em nossos corações.
Nos nossos corações cultivamos a esperança de que todas as formas de opressão irão acabar, e que nossos filhos e netos já verão essas transformações. Cultivamos a força para que mesmo diante das contradições não nos falte coragem de lutar.
Cultivamos o companheirismo para que não nos falte afeto e apoio durante essa árdua caminhada por uma sociedade justa.
Nos nossos corações cultivamos a esperança de que todas as formas de opressão irão acabar, e que nossos filhos e netos já verão essas transformações. Cultivamos a força para que mesmo diante das contradições não nos falte coragem de lutar.
Cultivamos o companheirismo para que não nos falte afeto e apoio durante essa árdua caminhada por uma sociedade justa.
Cultivamos o amor, aquele amor que Che Guevara nos
aconselhou que não perdêssemos nem mesmo diante do desgaste da luta e que Paulo
Freire denominou como "intercomunicação íntima de duas consciências que se
respeitam.".
Esse amor que temos pelos companheiros de luta e por todo povo oprimido - sabendo que os opressores também são humanos oprimidos pela condição neoliberalista.
Esse amor que temos pelos companheiros de luta e por todo povo oprimido - sabendo que os opressores também são humanos oprimidos pela condição neoliberalista.
Depositamos nas discussões que serão disparadas com
a campanha a favor da reforma política nossas energias para ver o mundo mudar.
Acreditamos que se inicia uma nova época, mais uma nova época, esta muito mais
próxima da bem estar social, pois essa propõe uma metodologia peculiar: trabalho
de base. A proposta enche nossos olhos de vida e expectativas positivas, pois
estamos falando de uma nova possibilidade de construir o Brasil que queremos em
conjunto.
São esses e muitos outros os motivos que fazem o
Mosaico Popular ter interesse de compor essa construção! Repetimos, estamos
aqui pelo povo oprimido que neste momento sofre vários tipos de violação de
direitos, direitos de existir, de sobreviver, de ser.
Há braços!
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